Corremos o tempo inteiro, desde o amanhecer até a hora de
dormir, e nem percebemos o quanto. A sociedade de hoje não nos deixa, ou pelo
menos nos ensina a não deixar-nos descansar, e nem ao menos parar. A severidade
e desigualdade do sistema pelo qual a humanidade é regida hoje faz a gente
pensar que “tempo é dinheiro”, alias, isso é quase que dogmático para muitos.
Não se pode perder tempo, é assim que muitos pensam, por isso estamos sempre
com pressa, nos acostumamos com o já, queremos tudo de pronto. Desde o berço
nossas crianças aprendem a ter tudo que querem o mais rápido possível, e até
mesmo impossível.
Na pressa do dia-a-dia, nós temos tempo para tudo, menos
para o próximo, falamos com muita gente, mas não ‘conversamos de verdade’ com
ninguém, não há tempo. Na correria das grandes cidades não dá mais tempo de
parar, enquanto um mendigo sofre na calçada nós corremos apressadamente do outro
lado da rua e nem olhamos, e quando olhamos julgamos. “Quem julga não tem tempo
para amar.” (Madre Tereza de Calcutá)
Não temos tempo, e por isso não temos também interesse, para
amar. A pressa é inimiga da perfeição, mas muito mais que isso, a pressa é
inimiga do amor, pois se não tem-se tempo para amar é pelo fato de estarmos
sempre apressados. A pressa é egoísta, mentirosa e traiçoeira, ela te faz esquecer das pessoas e até de você mesmo, cuidado com ela.
Um cristão não é apressado, pois ele sabe esperar, em Deus, o tempo de cada
coisa.
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