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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Caso de insulto à jornalista Rachel Sheherazade

Sabe o que penso? Decadência da cultura brasileira, ou melhor, uma manifestação dela... Quando um "filósofo" diz uma coisa dessas, pode crer que a coisa tá feia. Depois disso ainda ousa chamar Rachel de "FANÁTICA DA DIREITA POLÍTICA". Agora eu vos pergunto, de onde vem o fanatismo, da parte agressora ou da vítima?

Quem acompanha o jornalismo da SBT certamente conhece Rachel Sheherazade, e percebe em suas falas a autêntica feminilidade da mulher brasileira, mãe, trabalhadora e cristã. Cabe até aqui perguntar onde está o Femen para defende-la, talvez o movimento não seja tão ousado, e nem Rachel, creio eu, se envolveria em tal coisa, - é, talvez não caiba.

O tal "filósofo" é professor de filosofia e esquerdista "rocho". Ele alegou ter sido rackeado, "tadinho", mas veja este artigo da revista Veja e tire suas dúvidas.


Coloco aqui também um print do post de onde começou tudo, do qual as palavras eu não ouso transcrever...





 

Meus amigos talvez me chamarão de louco por postar algo relacionado a política, mas como disse nosso amado Papa Francisco: "A política é uma forma elevada de caridade".

Paz e bem a todos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Na luta contra a impureza, vence quem foge

Em matéria de castidade, não existem fortes nem fracos. Diante de uma tentação impura, vence quem recorre imediatamente a Deus, sem negociatas.
Se há um mandamento que as pessoas reclamam ser difícil de cumprir, este é, sem dúvida, o sexto mandamento. O escritor C. S. Lewis reconhecia que "a castidade é a menos popular das virtudes cristãs". Enquanto os de fora – e, não raro, os de dentro – inflam-se para falar da pobreza evangélica, das virtudes da paciência e da humildade, ergue-se, muitas vezes, em torno da moral sexual cristã, uma barreira de silêncio ou mesmo de desobediência. "Porém, escreve Lewis, não existe escapatória. A regra cristã é clara: 'Ou o casamento, com fidelidade completa ao cônjuge, ou a abstinência total'."01
Para aqueles que não descobriram a centralidade do amor de Deus na religião cristã, fica realmente muito difícil entender o porquê de "não pecar contra a castidade" ou a ratio de todas as demais normas morais católicas. O Papa Bento XVI, certa vez, alertou para o perigo de deixarmos o Cristianismo transparecer mais como um "código de conduta" que como um encontro real e profundo com Jesus Cristo:
"Não deveríamos permitir que a nossa fé seja vanificada pelos demasiados debates sobre múltiplos pormenores menos importantes mas, ao contrário, ter sempre à vista em primeiro lugar a sua grandeza. Recordo-me quando, nos anos 80-90, eu ia à Alemanha e me pediam que concedesse entrevistas: eu conhecia sempre antecipadamente as perguntas. Tratava-se da ordenação das mulheres, da contracepção, do aborto e de outros problemas como estes que voltam a apresentar-se continuamente. Se nos deixarmos absorver por estes debates, então a Igreja identifica-se com alguns mandamentos ou proibições, e nós passamos por moralistas com algumas convicções um pouco fora de moda, enquanto não sobressai minimamente a verdadeira grandeza da fé."02
Olhando para Cristo – e só olhando para Cristo –, é possível viver a castidade. Sem contar com o auxílio indispensável da graça, ninguém pode ser casto. C. S. Lewis reconhecia que "a castidade perfeita – como a caridade perfeita – não será alcançada pelo mero esforço humano". "Você tem de pedir a ajuda de Deus", escrevia. E Santo Afonso de Ligório também fazia notar que "nós, revestidos de carne, não podemos por própria força guardar a castidade; só Deus, em sua imensa bondade, nos poderá dar força para tanto".
E, todavia, como a própria salvação humana é obra conjunta de Deus e dos homens, da mesma forma a castidade exige do ser humano que ele se crucifique para si mesmo. Isto se manifesta de modo eminente por uma coisa que os grandes santos chamavam de "fuga da ocasião do pecado". "Um sem-número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado", diz Santo Afonso. Na luta contra a impureza, vence quem foge. Diante de uma tentação, ao invés de encarar a investida maligna de frente, é preciso recorrer imediatamente ao auxílio de Jesus e Maria.
É este o parecer comum dos santos da Igreja e não há motivos para procurar outra senda. Adverte São Francisco de Sales: "Logo que notes uma tentação, imita as criancinhas que, vendo um lobo ou um urso, se lançam ao seio do pai e da mãe ou ao menos os chamam em seu socorro"03. O autor sagrado alerta que "quem ama o perigo nele perecerá" (Eclo 3, 27). Se uma pessoa tem o firme propósito de guardar a sua pureza, mas não evita os ambientes, as pessoas ou as coisas que o levam ao pecado, então, este propósito tem pouco ou nenhum valor. Santo Tomás de Aquino explica que a razão disso é que Deus nos abandona ao perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos.
Pode parecer difícil, a partir destas considerações, a vivência da castidade. Afinal, são tantas as ocasiões em que o mundo oferece uma proposta tentadora de felicidade nos lugares errados! A verdade é que Jesus nunca disse que a luta seria fácil. "No mundo haveis de ter aflições" (Jo 16, 33). Não é possível viver a castidade sem passar pela experiência da Cruz. Vivida com amor, no entanto, esta verdadeira via crucis adquire um belo significado. Como escreve São Josemaría Escrivá, "quando te decidires com firmeza a ter vida limpa, a castidade não será para ti um fardo; será coroa triunfal"04.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Cristianismo puro e simples, Livro III, n. 5
  2. Discurso do Papa Bento XVI na conclusão do encontro com os bispos da Suíça, 9 de novembro de 2006
  3. Filoteia (Introdução à Vida Devota), parte IV, cap. 7
  4. Caminho, n. 123

Fonte: padrepauloricardo.org

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Estátua de Jesus Cristo permanece intacta após passagem do tufão Haiyan


Em meio aos destroços um fotografo registrou uma estatua de Jesus Cristo que permanece de pé na cidade de Tanawan após supertufão Haiyan atingir Filipinas na última sexta-feira,8. Cerca de 4,5 milhoes de pessoas de 36 províncias do país foram afetados pelo tufão, das quais 330 mil estão em abrigos.

No último domingo, 10, o Papa Francisco mandou uma mensagem em solidariedade através do secretário de Estado, dom Pietro Parolin, na qual o Santo Padre se diz "profundamente triste com a destruição e perda de vidas causadas pelo supertufão".

"O número que eu tenho neste momento é de cerca de 2 mil, mas pode ser ainda maior" declarou neste terça-feira,12, o presidente das Filipinas, Benigno Aquino, em entrevista à rede americana CNN.

Em entrevista a BBC Brasil a vice-chefe da delegação do Comitê da Cruz Vermelha Internacional nas Filipinas, a brasileira Graziella Leite Piccolo, afirmou que a situação no país é avassaladora.

Segundo ela, falta de luz, problemas na rede telefônica agravam ainda mais a situação, bem como, o fato dos geradores elétricos das tendas hospitalares emergenciais que estão deixando de funcionar com a falta de combustível.

Ainda de acordo com a reportagem da BCC Brasil com base em relatos de sobreviventes as ruas estão com corpos em decomposição e há pressa em enterrar os mortos em valas comuns. Faltam água, comida e alimentos.

Brasileiros que vivem nas Filipinas mobilizan-se para levantar doações para os sobreviventes do tufão Haiyan. Na internet diversas campanham ganham força através das redes sociais.
Em entrevista ao grupo ACI o coordenador regional da Cáritas Ásia, Eleazar Gómez, declarou nesta quarta-feira, 13, que "será necessário um plano de reabilitação e de reconstrução de grande porte para restituir uma vida normal à população". Segundo o coordenador, que é filipino, a Igreja Católica está comprometida na ajuda aos necessitados nas regiões atingidas. (JS/Com Agências)

Foto: Folha de São Paulo

Cardeal peruano: Envie um "WhatsApp" ao Espírito Santo

O Arcebispo de Lima e Primado do Peru, cardeal Juan Luis Cipriani, convidou os jovens a manterem uma amizade cotidiana com o Espírito Santo, assim como eles têm com o melhor amigo e amiga, enviando-lhe "um ‘WhatsApp’" na oração.

"O Espírito Santo é seu amigo e você deve tratá-lo como tal. E assim como envia um ‘WhatsApp’ para a sua amiga, envie também um ‘WhatsApp’ ao Espírito Santo (na oração) e espera para ver o que te diz, peça-lhe e conte para Ele como você está. Se tiver essa amizade, Ele vai se encarregar de te responder", expressou durante a cerimônia de Crisma de mais de quarenta alunos de um colégio de Lima no último dia 8 de novembro.

O Arcebispo disse aos estudantes que "todos devemos ter essa amizade com o Espírito Santo, porque estando com Ele seremos uma pessoa alegre. O Espírito Santo tem um espaço na tua alma e Ele te diz o que está bem e o que está mal. Espero que esta turma do colégio Salcantay dê muito exemplo nas suas casas, nos seus bairros e com seus amigos. Ajudem-se uns aos outros".

Do mesmo modo, alentou-os a serem solidários. "Não pensem em vocês mesmos, nos seus planos; pensem nos outros, começando pelos seus pais e seus irmãos. E assim sentirá alegria. E o Espírito Santo te pedirá que perdoe ou que mude alguns aspectos de sua vida", culminou.
Fonte: ACI Digital

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

YOUCAT - Deus revelou-Se para que possamos crer n’Ele e só n’Ele.

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Antes de tudo cremos em Deus Pai, pois Ele é o principio e o fim, é o que sustenta tudo, o restante do credo depende dessa frase e a aprofunda, mas o essencial é sabermos que cremos em um só Deus assim como está nas Escrituras e conforme recebemos dos apóstolos.

Ele é o único Senhor, do céu e da terra, tudo que existe a Ele pertence, e assim Se manifestou ao povo judeu “Ouve, ó Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor.”(Dt 6,4) E pelos profetas exortou o seu povo a rejeitar os ídolos pagãos e voltar-se para Aquele que é o único Deus, o Senhor. Ele é uno e trino, assim como diz o Concilio de Latrão “Cremos fielmente e afirmamos simplesmente que há um só verdadeiro Deus eterno, imenso e imutável, incompreensível, todo poderoso e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo: Três Pessoas, mas uma só Essência, uma Substancia ou Natureza absolutamente simples.”(CIC 202).

É difícil para nós seres humanos entender tal mistério, Santo Agostinho certa vez saiu a caminhar pela praia tentando entender a Santíssima Trindade, caminhou por um bom tempo, refletindo e meditando tal mistério, mas nada concluía. Andando mais um pouco ele encontrou um menino, que havia feito um buraco na areia e com um pequeno recipiente pegava a agua do mar e colocava no buraco. O homem santo se aproximou do menino e perguntou o que ele estava fazendo, então o menino respondeu que pretendia colocar o mar dentro daquele buraco, Agostinho riu e disse que o garoto nunca iria conseguir, foi ai que o menino lhe disse que era mais fácil ele colocar o mar inteirinho dentro daquele pequeno buraco, do que se entender o mistério trinitário, então o santo percebeu que Deus não se entende, mas se experimenta.

Se para Santo Agostinho, que era um dos maiores intelectuais do seu tempo, foi difícil entender, imagine para quem não tem instrução nenhuma ou tem pouca instrução, como é intrigante. Mas Deus em sua infinita misericórdia se manifesta ao homem e se revela com um nome, e o nome exprime a essência da pessoa e o sentido de sua vida, assim Ele mostrou que não é uma força anônima, mas que tem um nome, uma identidade, e no seu Filho um rosto. Revelando-Se assim como É, Ele mostra que é vivo, que é eterno e único, que está próximo do seu povo e que quer com ele fazer uma aliança.

Diante da sarça ardente Moisés tira suas sandálias e cobre seu rosto, pois se vê diante do Senhor e se reconhece pequeno, pois Deus se revelou com grandeza, assim nós também devemos agir diante d’Ele, que se revela a todo instante em nossas vidas, não de formas espetaculares, mas de formas simples e fecundas, pois Ele não Se revela em vão, sempre tem um propósito, um plano de amor. Cabe a nós acolher Sua revelação e crer que Ele é um Pai bondoso e misericordioso, que por amor Se revela, não para nos julgar, mas para nos libertar e firmar conosco uma aliança eterna.

Paz e misericórdia!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O mar do amor de Deus

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O mar é belo e grande, assim também é o amor de Deus, quando vi o mar de perto pela primeira vez fiquei maravilhado com tamanha beleza, não queria parar mais de olhar, era como se meus olhos navegassem ou brincassem nas ondas. Da mesma forma é quando encontramos o amor de Deus, nossa alma se maravilha e navega por esse enorme mar, impulsionada pelo vento do Espírito Santo, e confiante na misericórdia. A imensidão desse amor é muito maior que a do mar, e nós, nela nos perdemos como uma gota. O Senhor nos chama a navegar, a ir até as aguas profundas do Seu mar.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A santidade é para todos, afirma o Cardeal Odilo Scherer

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Quase no fim do Ano da Fé, a celebração da solenidade litúrgica de Todos os Santos nos deu a ocasião para recordar um dos artigos finais da Profissão de Fé da Igreja: “Creio na comunhão dos santos”. O Catecismo da Igreja Católica explica bem essa afirmação de nossa fé nos parágrafos 946 a 987.

A Igreja possui um “patrimônio comum”, do qual todos participamos: a santidade, dom do Espírito Santo dado aos discípulos de Cristo. Todos contribuímos para esse patrimônio com nossa vida santa e todos somos por ele também beneficiados. Na Igreja, ninguém é herói solitário: estamos em boa companhia!

Isso nos leva a ter uma atenção especial aos santos e santas, que são as testemunhas excelsas de Cristo; a Igreja, ao proclamar um santo, confirma que sua vida foi uma interpretação exemplar da vida cristã e um testemunho luminoso do Evangelho do Reino de Deus no mundo. E como os dons de Deus são inumeráveis, há também numerosas formas de santidade e de vidas santas. Cada santo, a seu modo, é um exemplo de vida segundo o Evangelho e pode ser imitado pelos outros, sem medo de errar.

Nossos santos católicos não são mitos criados pela fantasia humana. São pessoas que viveram num tempo e num espaço, tiveram uma história pessoal, que pode ser conhecida e verificada; eles são os membros da Igreja, que já chegaram lá, onde todos nós queremos chegar um dia. Mas pela “comunhão dos santos”, eles continuam ligados a nós e nós, a eles. Eles são mestres de vida cristã, testemunhas e exemplos de perseverança na fé, muitas vezes vivida em meio a inumeráveis dificuldades. Muitos deles morreram martirizados, proclamando essa fé, que também nós professamos.

Penso, por isso, que a vida dos santos seja parte importante da Catequese e da iniciação à vida cristã. Eles já percorreram a estrada que nós somos chamados a percorrer; eles foram discípulos exemplares de Cristo, foram bons cristãos e viveram de modo exemplar as virtudes, que também nós somos chamados a viver.

Gosto de retomar a Carta Apostólica Novo millennio ineunte (No início do novo milênio, 2001), do Papa João Paulo 2º. É breve, iluminada, programática. Ali se diz que a santidade é a prioridade das prioridades pastorais: “Não hesito em dizer que o horizonte para o qual deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (cf. n. 30).

A santidade é a vocação universal dos batizados, conforme nos ensina o Concílio, ao falar da Igreja (cf. Lumen Gentium, cap. V). A santidade não é uma ilustração opcional à vida cristã, mas a sua própria meta; pela fé e pelo Batismo, estamos em comunhão com aquele que é o santo e a fonte de toda santidade. A santidade é uma das qualidades da Igreja e deve também ser a marca de todos os seus membros: “Esta é a vontade de Deus a vosso respeito: a vossa santificação” (1Ts 4,3). É a vocação de todos os batizados.

A programação pastoral deve ser marcada pela busca da santidade. Por isso, diz ainda João Paulo 2º na mesma Carta Apostólica: “Perguntar a um catecúmeno – queres o Batismo? – significa ao mesmo tempo perguntar-lhe – queres ser santo?” (n. 32). A santidade, portanto, não é apenas para alguns poucos, mas para todos os discípulos de Cristo.

E o Papa Francisco, na homilia da solenidade de Todos os Santos, voltou a lembrar que a santidade tem um caminho, um rosto e um nome: Jesus Cristo. Estar em comunhão com Ele, seguir seus passos, imitar seu exemplo – eis o jeito da santidade.


Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Igreja canonizou mais de 20 mil santos, celebrados hoje

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Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história. Para todos eles, os católicos dedicam um dia especial a fim de celebrá-los e pedir a intercessão. Trata-se da Solenidade de Todos os Santos vivenciada pela Igreja Católica nesta sexta-feira, 1º de novembro.

De acordo com o professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, Felipe Aquino, a data tem origem a partir da festa pagã celta de nome "Halloween", oriunda da região da Irlanda, Escócia e Inglaterra. Segundo ele, os celtas acreditavam, dentro do paganismo, que no dia 31 de outubro - para eles, último dia do ano - os espíritos dos mortos voltavam à terra para se alimentar e assustar as pessoas.

"A Igreja, quando evangelizou a Inglaterra e a Grã-Bretanha, quis substituir essa crença pagã por uma crença cristã. Então passou a celebrar, ao invés da festa pagã, o Dia de Todos Santos, em 1º de novembro", explica.

A crença nos santos

O professor relata que a Igreja escolheu esta data especial para lembrar os inúmeros fiéis que, segundo a fé católica, já habitam as regiões celestes, mas que ainda estão no anonimato perante o cenário de homens e mulheres canonizados.

“Há muitos que estão no céu e a Igreja não sabe nem o nome”, disse o professor Felipe. "Quantos foram martirizados no anonimato... Então, como a Igreja gosta de celebrar a festa de cada santo no calendário do ano, inclusive estes que não sabe o nome, ela celebra neste dia", explicou.

A importância dada aos santos tem sua razão na fé que os católicos depositam na intercessão destas pessoas que viveram o Evangelho com fidelidade e se tornaram, por graça de Deus, modelo para os outros cristãos.

“A Igreja sabe que os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. Quando você invoca os santos ou presta um culto de louvor a um santo, você, na verdade, presta um culto de louvor a Deus”, ressaltou o professor.

Embora muitos ainda considerem a devoção aos santos como idolatria, o professor afirma que o culto nunca é prestado diretamente ao santo, mas a Deus, através dos santos. "A pessoa é santa por graça e obra de Deus. Então, o santo vai interceder por nós diante de Deus. Este é o sentido profundo", afirmou.

Uso de imagens

O Concílio de Niceia II, no ano 787, disse que as imagens dos santos devem ser colocadas nas paredes, nas alfaias litúrgicas, nas ruas, nas casas.

"Isso porque a imagem de um santo representa aquele que está no Céu. Se olharmos para uma imagem de Nossa Senhora precisamos lembrar que ela é um modelo a ser seguido. Esta é a primeira finalidade do culto aos santos: eles são modelos, porque viveram de acordo com a vontade de Deus. Então eu posso me inspirar neles para também viver a vontade de Deus”, esclareceu o professor Felipe Aquino. 


Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Deixe-se trabalhar pelo Senhor

Você deve conhecer a expressão “santo do pau oco”. Deus não se agrada daqueles que tentam enganá-Lo ostentando uma imagem de santidade. O Senhor não se deixa enganar. Os homens veem as aparências; Deus vê o coração. Seus valentes guerreiros precisam ser formados na essência do Evangelho.

O Senhor não se satisfaz com exterioridade, pois Ele abomina os “sepulcros caiados” (cf. Mt 23,27). Por isso quer nos dar um coração novo e um espírito novo e nos formar discípulos segundo o Seu Coração.

E nos diz: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás homicídio; aquele que cometer um homicídio responderá por ele no tribunal” (Mt 5,21).

Os escribas e os fariseus faziam questão de observar precisamente esse mandamento; essa era a lei. Mas Jesus vai muito além. Ele não para na consequência, vai à causa. Não para no homicídio, vai ao coração. Por isso Ele não proíbe apenas o matar, Ele quer nos dar um coração transformado.

Jesus vai ainda mais a fundo:

“Pois eu vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão responderá por isso no tribunal [...]”(Mt 5,22a).

A cólera, a ira e o rancor, nutridos no coração, vão levar-nos a certas atitudes impensadas, até mesmo ao homicídio. A semente está nos sentimentos, e Jesus quer atingir a semente, não apenas as consequências que virão. Ele quer ir ao seu coração e cauterizar a causa: a cólera, a inveja, a ambição, o rancor... E vai além: Ele quer dar-nos um coração semelhante ao d'Ele: um coração manso, humilde, bondoso, paciente, cheio de amor.


"Mudar o coração. Isso não depende só de nosso esforço, e sim da graça de Deus", ensina monsenhor Jonas


Esta é a meta: mudar o coração. Isso não depende só de nosso esforço, e sim da graça de Deus, que quer nos dar um novo coração. O que fazemos é aceitar, cooperar.

Essa mentalidade é oposta à mentalidade do mundo na qual fomos educados. Ensinaram-nos a pagar o mal com o mal, o desaforo com o desaforo, a ofensa com a ofensa. O Senhor quer mudar tudo isso. A tentação havia nos convencido de que esse tipo de santidade não existia. Era utopia, ilusão e não devíamos ser presunçosos a ponto de querer conquistá-la. Mas a grande realidade é que o Senhor quer que cheguemos lá, que passemos além. Ele nos quer no caminho da santidade.

Jesus arremata tudo no final desse capítulo, dizendo-nos:

“Sereis perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,45).

É uma ordem e uma afirmação ao mesmo tempo. Este é o propósito de Jesus para nós. Só não o conseguiremos se não quisermos, se não cooperarmos.

É como o artista que pega barro e com ele faz coisas maravilhosas: um prato, um vaso, uma estátua. Deus é o artista por excelência. Ele quer pegar o barro que somos nós. Não é o barro que vai dizer o que será feito dele, e sim o artista. Não podemos, como barro, dizer ao Senhor: “Eu não posso, não consigo!” Não somos nós que decidimos. Quem decide o que fazer do barro é o artista. Nossa parte é deixar-nos trabalhar pelo Senhor. Ele decidiu: “Sereis perfeitos”.

Ele quer nos levar além de nossos limites: “Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Minha parte, a sua parte, é deixar-se trabalhar. Entregue-se agora como barro nas mãos do oleiro:

Eu não sou mais do que barro: modela-me, Senhor. Faz deste barro aquilo que Tu queres. Faz-me à Tua imagem. Faz meu coração semelhante ao Teu. Jesus manso, humilde, cheio de amor, de bondade, faz meu coração semelhante ao Teu.
Não passo de barro! Mas quero, com minha liberdade, cooperar Contigo para que esta palavra se realize em minha vida: “Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Eu quero, assim como o Senhor o quer.
Eu Te dou a liberdade de fazer isso, Senhor. Quero cooperar, não quero atrapalhar, não quero impedir.
Faz-me fiel, Senhor. Faz-me santo. Faz-me perfeito.
Muda minha vida. Muda meu coração.




Retirado do livro "Combatentes na Provação" (páginas 43 a 46)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

YOUCAT - O Credo Cristão, um símbolo de fé

http://www.jmjcampinas.org.br/wp-content/uploads/2012/03/simbolos-da-fe.jpg 
Nós seres humanos não procuramos coisas vazias e sem sentido, pois de nada nos serviriam. Por isso “Não cremos em fórmulas, mas na realidade que elas expressam.” (CIC 170). A Igreja recebeu dos apóstolos uma fé viva e real que eles, por sua vez, receberam de Cristo. Fé esta que atravessa gerações com seus símbolos, que nos ajudam a conhecer, expressar e ensinar melhor a verdade que Jesus ensinou. Os símbolos são necessários, pois devido às tantas nações onde a Igreja está presente é preciso, assim como com os primeiros cristãos, que seja mantida a uniformidade da única fé que a Igreja professa e ensina como uma mãe, independente da cultura, região ou tempo. Portanto, para que exista uma confissão comum a todos os crentes é que existem os símbolos, que são definições abreviadas da fé.


Dentre estes símbolos existe o Credo, símbolo dos apóstolos e o Credo Niceno-Constantinopolitano que expressam, de forma resumida mas completa, a fé que a Igreja inteira professa desde a crença no Deus todo poderoso à esperança da vida eterna. O credo nos ensina a crer também no Filho morto e ressuscitado, no Espírito Santo, na Virgem Maria, na Santa Igreja católica, na Comunhão dos Santos, na Remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
O credo é professado todo o dia por católicos no mundo inteiro seja na santa missa ou em outras orações como o terço mariano, por exemplo. Mas será que entendemos o aquilo que professamos no credo? Será que as pessoas pelo menos imaginam a força e o peso daquilo que elas falam ou proclamarem que creem? Estamos ainda no ano da fé que foi proclamado por nosso Papa emérito Bento XVI, e nesse tempo é conveniente que professemos mais ainda nossa fé. Mas é importante, também, que a conheçamos, para que possamos viver melhor nossa fé e ensina-la com mais eficácia, pois nenhum professor ensina aquilo que não sabe, ao contrário, é preferível que ele ensine sobre um assunto que ele domine. Assim também nós não podemos ensinar o que não conhecemos.
Hoje não podemos reclamar ou arranjar pretextos para não conhecer ou estudar o Catecismo da Igreja Católica, pois ele é livre para todo e qualquer um que queira estuda-lo. Ele é simples e muito mais agora com o YOUCAT, que traz uma linguagem comum a todos, não só aos jovens, mas aos fiéis de todas as idades, classes e culturas. Nós devemos aproveitar estes presentes da Igreja e, com eles, nos fortalecer, principalmente neste tempo em que o mundo tem se esquecido de Deus e em que tantas coisas se levantam contra nós e contra nossa fé.
Nos próximos posts nós falaremos sobre o Credo, suas partes e significados. Vamos mergulhar no mistério do símbolo dos Apóstolos, de acordo com o que o Catecismo nos proporciona e, assim, entrar cada vez mais no seio da Santa Mãe Igreja que é a esposa do nosso amado Jesus Cristo Senhor.

*Paz e misericórdia!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A unidade não é um resultado principalmente do nosso esforço, mas sim da ação do Espírito Santo

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Apresentamos as palavras do Papa Francisco à Federação Luterana Mundial e representantes da Comissão para a Unidade Luterano-Católica.
Queridos irmãos e irmãs luteranos, queridos irmãos católicos,
De bom grado dou as boas-vindas a todos vocês, Delegação da Federação Luterana Mundial e representantes da Comissão para a Unidade Luterano-Católica. Este encontro dá continuidade àquele que, muito cordialmente, eu tive com o senhor, estimado bispo Younan, e com o secretário da Federação Luterana Mundial, reverendo Junge, por ocasião da celebração do início do meu ministério como bispo de Roma.
Com profundo sentimento de gratidão a nosso Senhor Jesus Cristo, eu olho para os muitos passos que as relações entre luteranos e católicos vêm dando nas últimas décadas, não só através do diálogo teológico, mas também da colaboração fraterna em muitas áreas pastorais e, especialmente, no compromisso de avançar no ecumenismo espiritual. Este último, em certo sentido, é a alma de nossa jornada rumo à plena comunhão, e nos permite saborear desde agora alguns frutos, ainda que imperfeitos: na medida em que nos aproximamos com humildade de espírito de nosso Senhor Jesus Cristo, temos a certeza de nos aproximar também entre nós, e, na medida em que clamamos ao Senhor pelo dom da unidade, temos a certeza de que Ele nos pegará pela mão e será o nosso guia. Temos que nos deixar conduzir pela mão de nosso Senhor Jesus Cristo.
Este ano, como resultado do diálogo teológico que já completa cinquenta anos, e tendo em vista a comemoração do quinto centenário da Reforma, foi publicado o texto da Comissão para a Unidade Luterano-Católica, que tem o significativo título "Do conflito à comunhão: a interpretação luterano-católica da Reforma em 2017".
Eu acho realmente importante, para todos, o esforço de se dialogar sobre a realidade histórica da Reforma, sobre as suas consequências e sobre as respostas que foram dadas a ela. Católicos e luteranos podem pedir perdão pelos danos causados ​​por uns contra os outros e pelas culpas cometidas diante de Deus, e, juntos, alegrar-se com o anseio de unidade que o Senhor despertou em nossos corações e que nos faz olhar para frente com esperança.
À luz do caminho das últimas décadas e dos tantos exemplos de comunhão fraterna entre luteranos e católicos, que estamos testemunhando, confortados pela confiança na graça que nos é dada em nosso Senhor Jesus Cristo, eu estou certo de que saberemos continuar a nossa jornada de diálogo e de comunhão, abordando as questões fundamentais e as diferenças que surgem no campo da antropologia e da ética. É claro que existem dificuldades, que exigirão mais paciência, diálogo, compreensão mútua, mas não nos assustemos! Sabemos bem, e quantas vezes Bento XVI nos recordou, que a unidade não é um resultado principalmente do nosso esforço, mas sim da ação do Espírito Santo, a quem devemos abrir o coração com confiança, para que ele nos conduza pelo caminho da reconciliação e da comunhão.
O beato João Paulo II se perguntava: "Como anunciar o evangelho da reconciliação sem ao mesmo tempo comprometer-se com a reconciliação dos cristãos?" (Ut Unum Sint, 98).
Que a oração fiel e constante em nossas comunidades apoie o diálogo teológico, a renovação da vida e a conversão dos corações, de modo que, com a ajuda de Deus Uno e Trino, caminhemos para o cumprimento da vontade do Filho, Jesus Cristo, de que todos sejam um. Obrigado.

Fonte: Zenit.org

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Por que o cristão deve dizer não a camisinha


A epidemia da AIDS se espalhou pelo mundo no final do século XX, uma doença que mata aos poucos e não tem cura, a praga do século. No inicio era chamada de peste gay, pois era contraída principalmente na prática homossexual.
Para combater este mal foram tomadas diversas medidas, dentre elas a camisinha, um preservativo que evita que o vírus transmissor da doença passe de um portador para outra pessoa, durante a relação sexual. O método parece eficaz, mas não é tanto assim, pois só protege 80%! E os outros 20%, você vai arriscar? – Eu não! Mais do que um método para prevenção de doenças, a camisinha é um motivo para o sexo desenfreado, desregrado e desinteressado, onde o corpo se torna uma mercadoria e o verdadeiro sentido da relação sexual é deixado de lado. A camisinha é a mascara de quem não consegue ou não quer assumir responsabilidades, de quem não se importa nem um pouco com os sentimentos, mas quer mais satisfazer os desejos de seu corpo de forma infantil e egoísta. Certo, sabe-se que a camisinha previne a AIDS em países da África , mas a abstinência sexual do jovens e a fidelidade dos casais são muito mais eficazes, nelas a probabilidade de infecção é 0%. Feliz daquele que vive de forma casta, que preserva seu corpo, mostrando o quanto o ama, o quanto o aprecia como presente de Deus. Este sim conhece o amor verdadeiro, sem interesses materiais ou físicos. A camisinha é um incita o adultério, pois permite que haja sexo sem concepção, ou seja, sem compromisso algum, ela incita de forma implícita a banalização sexual em diversos âmbitos. Ao invés dos governantes entregarem camisinhas nas escolas e incitarem o sexo sem limites, eles deveriam fazer uma verdadeira educação sexual com os jovens, mostrando as belezas da vida sexual correta e as misérias do sexo desregrado. Será que eles não percebem que enquanto as crianças aprenderem que sexo sem compromisso é normal, nunca se acabará com a AIDS, com a gravidez infantil e até mesmos com os abusos sexuais? – Não sei! – Eu percebo, e lhe convido a perceber também. Pense um pouco, o que você aprendeu na escola, o método de 80% ou o de 100% de eficácia? Qual você prefere? E seus filhos, o que aprenderão?
Deus nos chama à castidade, Sua vontade é a nossa santificação (Cf. I Tes 4, 3), que estejamos longe do pecado da carne. Um Jovem Católico não precisa da camisinha, se ele aprende a esperar por um amor maior e perfeito, vivendo de forma casta e ordenada. Um homem ou uma mulher casados não precisam da camisinha se vivem a fidelidade entre si. O cristão que vive esperando que se cumpram as promessas de Deus em sua vida sabe que os prazeres desta vida passam, e que não há nada maior que o amor que jorra do coração de Jesus. Um católico deve dizer não camisinha, por que ela incita o sexo sem limites e sem compromissos.

“Nem sequer tomando em consideração o fato de o preservativo não oferecer uma proteção absolutamente segura contra infecções, a Igreja rejeita o recurso a este meio mecânico na luta contra a epidemia da AIDS e defende sobretudo uma nova cultura de relações humanas e a alteração da consciência social.” (YOUCAT, 414)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

YOUCAT - O ser humano responde a Deus pela fé

Para entender melhor este texto e acompanhar a linha de raciocínio, leia no YOUCAT as perguntas de 20 a 24 e, se possível, o Catecismo da Igreja Católica nos parágrafos de 142 a 165.

Deus revela-Se a nós e nos faz Seus amigos pela vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que nos envolve em seu mistério dizendo: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.” (Jo 15, 15). Com isso o Senhor nos convida a viver em comunhão com Ele, e nós, como amigos, devemos responder o Seu chamado. A resposta que se pode dar a este convite é a fé e sua vivência.

Abraão é nosso Pai na fé. Foi pela fé dele que se iniciou toda a crença em Deus pelo povo Judeu, pois ele acreditou naquilo que o Senhor o tinha prometido e em nenhum momento voltou atrás, mesmo quando teve de quase sacrificar seu único filho. Assim se tornou o primeiro dos que creram. O antigo testamento contem grandes expressões e testemunhos de fé, mas Deus preparava para nós algo muito melhor que é a graça de crer em Seu amado Filho. Para revelar-Se em Jesus, Deus usou de Maria, que realizou de maneira perfeita a obediência da fé, pois acreditou que para Deus nada é impossível e deixou que se fizesse nela a Sua vontade e se cumprisse tudo aquilo que foi dito pelos profetas e patriarcas a respeito do messias. Por isso todas as gerações a proclamarão bem-aventurada. Estes são dois grandes exemplos de fé, talvez os maiores, que além de nos ensinarem tanto nos convidam a crer. Convite este que depende sempre da nossa adesão pessoal, sendo que para nós cristãos crer em Deus é crer inseparavelmente em Seu Filho. Quem crer em Jesus participa do seu Espírito que nos revela quem Ele é. Por isso a Igreja professa a sua fé em um Deus Trino e Uno que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Esta fé é composta por sete características:
1 - A fé é uma pura dádiva de Deus, obtida se intensamente a pedirmos;
2 - A fé é a força sobrenatural de que, necessariamente, precisamos para alcançar a salvação;
3 - A fé requer a vontade livre e a lucidez do ser humano quando ele se abandona ao convite divino;
4 - A fé é absolutamente segura porque Jesus o garante;
5 - A fé é incompleta enquanto não se torna operante no amor;
6 - A fé cresce na medida em que escutamos cada vez melhor a Palavra de Deus e permanecemos com Ele na oração, em vivo intercambio;
7 - A fé permite-nos, já, a experiência do alegre antegozo do Céu.

Escolhe pela fé aquele que se sente chamado por Deus a viver novas experiências, a se entregar àquilo que não se pode ver. “Quem crê procura uma ligação pessoal com Deus e está pronto a crer em tudo o que Ele revelou acerca de Si mesmo.” (YOUCAT, 22). Quem procura essa ligação a encontra e quando a encontra passa por uma perturbação ou desassossego, pois aquilo que era invisível passa a ser visível. A vida espiritual deixa de ser algo abstrato e passa a ser concreto na vida dos que creem, pois ele está aberto àquilo que Deus pode fazer na sua vida e, quando nos abrimos a Ele, nossa vida toma um sentido diferente.

Fé e ciência não se contradizem, ao contrário, elas caminham juntas, pois não podem existir verdades duplas e distintas se tratando de um único caso e assunto, por isso a ciência vem para confirmar a fé, e a fé para despertar a ciência. “Entre Deus e a ciência não encontramos qualquer contradição. Eles não se excluem como hoje alguns creem e temem; eles completam-se e implicam-se mutuamente.” (Max Planck, físico alemão) Foi Deus que dotou o homem de inteligência e razão, portanto Ele não poderia negar-se a si mesmo pela ciência. Por isso a Igreja usa de métodos científicos para comprovar os atos e acontecimentos de fé e assim fortalece-la.

Nossa fé é pessoal, mas está totalmente relacionada à Igreja, pois “ninguém pode crer só para si mesmo, como também ninguém consegue viver para si mesmo.” (YOUCAT, 24) E Jesus quis que nós estivéssemos juntos e que celebrássemos os mistérios juntos. “Onde dois ou mais estão reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Minha fé deve brilhar no mundo e deve fortalecer a sua, assim como a sua deve impulsionar a minha e a de todos. É uma contribuição mútua onde o testemunho de fé convida o próximo a crer ou a viver e professar melhor a sua fé. Continuemos então no caminho do Senhor e respondendo ao seu chamado, sabendo que nossa fé deve brilhar no mundo como uma luz que aponta para Cristo.

Tudo é possível ao que crê.” (Mc 9, 23)