sexta-feira, 4 de outubro de 2013

YOUCAT - Jesus é a revelação que devemos transmitir

Para acompanhar e entender melhor o texto leia as perguntas de 10 a 13 do YOUCAT.
Deus se revela de forma concreta em Cristo, e é esta também sua derradeira revelação antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor, revelação esta que está terminada, mas não explicada totalmente, por isso cabe à fé cristã compilar esta mensagem ao decorrer dos séculos. Ao passar dos tempos houveram outras revelações, que são denominadas de “revelações privadas” que tem como função ajudar os cristãos a viver a revelação do Cristo sem querer “melhora-la” ou “completa-la”, pois Deus se revelou em Jesus de forma suficiente e Ele não faz nada pela metade. Guiada pelo Espírito Santo a Santa Mãe Igreja soube durante todos estes 2000 anos e saberá discernir se tais revelações provém do próprio Cristo, de seus anjos ou de seus santos.

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O Cristo que a nós se revelou também a nós envia dizendo: “Ide, fazei discípulos de todas as nações!” (Mt 28,19), portanto “Todos os fieis participam da compreensão e da transmissão da verdade revelada. Receberam a unção do Espirito Santo, que os instrui e os conduz a verdade em sua totalidade.” (CIC 91). É importante que saibamos que a missão de evangelizar e espalhar pelo mundo a novidade do Cristo ressuscitado cabe a nós, que para isso não precisamos ser padres, catequistas ou missionários consagrados, na verdade a única coisa de que precisamos é do Espírito Santo, que nos é dado no batismo. A Beata Madre Teresa utilizou muitas vezes a seguinte metáfora: “É frequente observares os fios elétricos ao longo da estrada. Se a corrente não passar por eles, não há luz. O fio é o que somos tu e eu. A corrente elétrica é Deus. Temos o poder de deixar passar através de nós e, assim, fornecer a Luz, que é Jesus, ou de recusarmos que Ele Se sirva de nós, permitindo, com isso, que a escuridão se alastre.” E esta é nossa “missão” (do latim missio = envio), levar a luz de Cristo ao mundo inteiro não só com palavras, mas com nosso testemunho de vida.
A mensagem do evangelho chegou até os dias de hoje pela transmissão da sucessão apostólica, que é ininterrupta desde os primeiros apóstolos até os dias de hoje na Igreja Católica, em especial desde Pedro até o Papa Francisco (Papa atual, 2013). Santo Hilário de Poitiers, bispo da Igreja Antiga dizia: “A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em um pergaminho.” Esta frase nos ajuda a entender que a Escritura e a Tradição pertencem-se mutuamente, ou seja, caminham juntas, e essas são as duas maneiras de transmissão segundo o Catecismo da Igreja Católica (veja no CIC, 76), que ocorreram de forma oral pela a transmissão e sucessão e de forma escrita pela Sagrada Escritura. No Concílio Vaticano II foi dito o seguinte: “A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim.” (Dei Verbum, nº. 9) Este documento, o Dei Verbum aborda a transmissão apostólica e a revelação divina a fundo, e pode ser encontrado neste link (Clique aqui), e no site da Santa Sé (Clique aqui), em especial no capítulo 2, assim também como o Catecismo da Igreja Católica (CIC) do paragrafo 74 ao 100, e pode ser encontrado também neste link (Clique aqui) e no da Santa Sé (Clique aqui).

Por tanto, a Igreja por conservar e fazer uso da tradição e da escritura, em sua totalidade não erra na fé. É certo que alguns membros da Igreja podem se enganar e cometer erros, mas a Igreja como um todo nunca se desviou e nunca se desviará da Verdade de Deus, pois “Cristo é a cabeça do corpo que é a Igreja.”(Col 1,18a) e se Jesus é santo por excelência, Ele é por inteiro, incluindo assim seu corpo místico do qual somos membros.
Talvez seja um pouco difícil para muitos de nós entendermos que a Igreja não erra, principalmente nesse tempo em que o relativismo proporciona a cada um uma verdade individual, e as ideologias e seus pregadores se espalham pelo mundo como lobos vestidos de cordeiros prontos para devorar qualquer um que esteja longe do Bom Pastor, Cristo Jesus. O catecismo pode nos ajudar a entender isso: “A Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois nao possui outra vida senão a da graça: e vivendo de sua vida que seus membros se santificam; e subtraindo-se a vida dela que caem pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. E por isso que ela sofre e faz penitencia por essas faltas das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espirito Santo.” (CIC, 287).

Em breve falaremos mais sobre a incorruptibilidade da Igreja e sua santidade, mas para quem quiser já saber mais sobre assunto eu indico estes vídeos do Padre Paulo Ricardo:

Que Deus ilumine a todos e até a próxima.

Bibliografia:
Catecismo da Igreja Católica, Vaticano, 1992.
Concílio Vaticano II, documento Dei Verbum, Roma, 1965.

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