Um jovem cristão tem uma vida cheia de desafios, muito mais do que as pessoas pensam. Outro dia um rapaz me disse que eu deveria viver minha vida intensamente, mas ele não imagina o quanto é intensa a vida de um cristão católico que deseja viver a santidade. Quantas lutas enfrentamos, contra o pecado, pela castidade e contra a cultura do descartável, onde as pessoas perdem seu valor se dando sexualmente e afetivamente de forma desordenada a qualquer um que aparecer. Além de estudar, trabalhar, etc.
Um dos maiores desafios é o estudo, algo essencial para o jovem de hoje, principalmente aqueles que desejam ter um boa profissão no futuro. Além de ter que lhe dar com provas, trabalhos e livros, um cristão ainda tem que enfrentar uma séria de dificuldades na faculdade, dentre elas a dificuldade de dar testemunho, o ateísmo, a intolerância religiosa, etc.
Primeiro precisamos entender aquilo que já é nítido, que nossa universidade estão tomadas por ateus, para entender isso precisamos voltar um pouco no tempo, época em que a maioria dos jovens universitários de hoje não eram nem nascidos ainda, a Ditadura Militar. Sabemos que com o governo de João Goulart, presidente do Brasil na época do golpe, o país estava prestes a se tornar um regime comunista, o golpe militar veio para impedir isto. Os militares obtiveram sucesso no golpe e se apossaram do governo do país, entretanto eles tinham que deixar uma brecha para que o comunismo respirasse no Brasil, pois do contrário as revoltas da população só aumentariam. Esta brecha era justamente as universidades, onde os estudantes aprendiam e aderiam à ideologia comunista.
Sabemos que o comunismo pregava e prega até hoje uma sociedade sem Deus, um paraíso social aqui na terra, mas sem religião, por isso existem tantos ateus nas universidades. Grande parte dos universitário daquela época são nossos professores hoje. Se você é universitário, deve ter pelo menos um professor ateu. Não é verdade? Ou um professor que odeie a Igreja, pelo fato dela ser conservadora.
Os ateus se fazem grandes inimigos dos católicos, pelo fato de que eles não toleram nossa crença, por isso quando um jovem tira um Bíblia da mochila dentro de uma faculdade, ele recebe todos os tipos de olhares e as vezes até é ridicularizado por causa de sua religião. É o novo martírio, não mais do sangue, mas da ridicularização, como alertou o Papa emérito Bento XVI.
Carregar a cruz no peito ou um terço no braço ou no bolso também atrai os mais indesejáveis olhares, mas isso é o de menos, pior ainda é quando temos que ouvir palavras agressivas e intolerantes. Quando temos que estudar disciplinas que tem difamações da fé e da Igreja em seu conteúdo, ler livros escritos por autores ateus, que disfarçadamente pregam sua ideologia nos seus escritos. Quando ouvimos piadinhas nada engraçadas de colegas, quando somos chamados de ultrapassados, antiquados, caretas, chatos, certinhos, "santinhos", etc., quando somos menosprezados por causa da escolha da vida em castidade, e quando somos criticados por expor nossos pensamentos e opiniões em relação a assuntos polêmicos. Não estou aqui para reclamar, mas para dizer que todos tem direito de expressão, exceto os católicos, todos podem falar do que quiserem, mas a opinião do cristão só pode ser dita dentro de seus templos e nunca em universidades. Isso é uma vergonha, estamos deitados em berço esplêndido, sonhando que estamos em um país livre, enquanto não estamos, esperando que Deus desperte nosso sono para uma vida eterna.
Enfim, são muitos os confrontos possíveis dentro de uma faculdade ou universidade, mas não podemos esquecer que tudo isso é para o bem da Igreja e para o crescimento do reino de Deus. Os primeiros mártires cristãos derramaram seu sangue para transmissão do evangelho, hoje nós derramamos nossas lágrimas diante as ridicularizações e nosso suor perante as humilhações para que o mundo saiba que Cristo vive e reina. "Vocês não estão sozinhos, o Papa está com vocês, a Igreja está com vocês."(Papa Francisco, no Brasil)
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